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HISTÓRIA
Meninas enfrentam mais dificuldades na carreira política, mostra pesquisa

Dados inéditos da Girl Up Brasil com UNICEF apontam obstáculos das meninas para entrar na política; Girl Up Brasil enfrenta desafio apoiando 10 pré candidatas à vereança


Uma enquete inédita realizada pela Girl Up Brasil, organização que treina e conecta meninas para que sejam líderes ativistas pela justiça social, e o Unicef, com jovens da geração Z, aponta que, para 51% das meninas, trilhar uma trajetória política é mais difícil para garotas. Realizada por meio do U-Report, ferramenta global que usa as redes sociais para promover a participação cidadã de adolescentes e jovens, a pesquisa aponta reflexões importantes sobre a inclusão de meninas na política. 

Realizada com 682 jovens entre 16 e 22 anos, a pesquisa teve como objetivo analisar como estes jovens da chamada “geração z” estão vivenciando a política, o quanto percebem que ela faz parte de suas vidas e o quão atraídos se sentem para fazer parte dela. Quando se trata de representatividade, são os meninos que se sentem mais representados: apenas 32% das meninas identificam pessoas parecidas com elas na política ou concorrendo às eleições, contra 43% dos meninos.

Os meninos também foram perguntados se trilhar uma carreira política seria mais difícil para meninas. 26% deles respondeu que não: trilhar uma carreira política não é mais difícil para meninas. Esta percepção destoa da realidade das meninas e mulheres na política: as mulheres jovens, entre 18 e 29 anos, ocupam apenas 5 assentos da Câmara dos Deputados. Olhando para o legislativo municipal, levantamento de março do jornal Folha de S. Paulo mostrou que nenhuma mulher preside as Câmaras Municipais das capitais estaduais do Brasil, entre essas cidades, a Câmara mais feminina é a de Florianópolis (SC), que tem 6 mulheres entre os 23 vereadores. A enquete do U-Report ainda mostrou que 38% das meninas não conseguem se imaginar enquanto liderança política, enquanto que, no caso dos meninos, este número é de 34%. 

“Análises como estas nos mostram o quanto estamos ainda distantes de uma política verdadeiramente inclusiva para mulheres e, principalmente, para meninas. Mas, mais do que isso, nos leva a ter certeza, de que estamos no caminho certo, ao criar o Você Ainda Vai Votar Nelas, programa para lideranças que irão lutar pelas demandas prioritárias para as juventudes brasileiras nos espaços de decisão”, analisa Daniela Costa, gerente de advocacy da Girl Up Brasil. 

Você Ainda Vai Votar Nelas - Na última semana, a Girl Up anunciou as 10 selecionadas do programa, voltado para meninas de 18 a 25 anos que desejam concorrer ao cargo de vereadora em 2024 e que passarão por uma jornada de formação para impulsionar suas candidaturas.

Clara Capiberibe (Macapá - AP),  Dianna Yara (Rio de Janeiro - RJ), Jady Veríssimo (São Paulo - SP), Júlia Castelo Branco (Araruama - RJ),  Kelly Bernardos (Maricá - RJ),  Kerenlin Viana (Macapá - AP), Mallu Cortês (Duque de Caxias - RJ),  Rebeca Cristina (Campinas - SP), Rebeca Sousa (Aracaju - SE)  e Sofia Amaral (Belo Horizonte - MG) passam agora por uma jornada de formação política, desenvolvimento de habilidades sócio emocionais e terão acesso a uma rede de apoio robusta que vai desde o cuidado com a saúde mental até o ferramental de campanha. Com muita responsabilidade, acolhimento e olhar individualizado, o trabalho conta com convidados com sólida experiência política que irão contribuir com essas lideranças. Conheça todas aqui

Sobre a Girl Up Brasil

A Girl Up Brasil é um movimento que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes e ativistas pela justiça social. Como parte da Girl Up, a Girl Up Brasil já apoiou mais de 200 clubes de meninas em mais de 20 estados, equipando-as para liderarem centenas de ações e projetos, da publicação de um livro de contos feministas à construção de dezenas de projetos de lei sobre dignidade menstrual. Poderosas e destemidas, meninas transformam suas comunidades quando têm à disposição ferramentas para exercerem seu pleno potencial. Porque quando meninas voam, todo mundo voa!

Sobre  o U-Report

O U-Report é um programa global desenvolvido pelo UNICEF que usa as redes sociais para promover a participação cidadã de adolescentes e jovens. O programa funciona por meio de um chatbot programado para interagir no Whatsapp, Telegram e Facebook – uma vez que a pessoa tome conhecimento do programa, solicita participar desta base para receber informações. No Brasil, desde 2017, é implementado pela organização Viração Educomunicação.

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